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Já
foi o tempo em que o uso de internet na escola restringia-se a pesquisas no Google.
O
microblog Twitter é uma ferramenta que
pode ser usada para tirar dúvidas com os colegas e divulgar informação, além de
fornecer conteúdo como fotos e vídeos. Mas estas possibilidades que enriquecem
o processo de ensino - aprendizado ainda são pouco exploradas nas escolas de
Salvador.
“É uma pena, pois os jovens estão cada vez
mais conectados. Colocar o Twitter, que tem essa pegada divertida, na sala de
aula pode ser uma forma eficaz para o desenvolvimento dos estudantes”,
explica a pedagoga Fernanda Leturiondo, da equipe da ONG Cipó Comunicação Interativa.
A Cipó desenvolve projetos em que os meios de
comunicação são utilizados para estimular os adolescentes e jovens a exercer
melhor a sua cidadania.
A
também pedagoga Sandra Loureiro conta que no projeto em que atua como coordenadora
pedagógica, o Oi Kabum, desenvolvido em parceria
com a Cipó, os participantes já chegam dominando o uso de ferramentas como o
Twitter.
“Não precisamos ensinar o passo a passo.
Apontamos como melhor usar o que eles têm à disposição. E por que não na
escola?”, questiona. O projeto Oi
Kabum tem como objetivo fornecer formação profissional aos adolescentes e
jovens vindos de bairros populares, mas também levá-los a refletir sobre a
comunicação digital.
O
avanço tecnológico que alcançou os celulares torna desnecessário, inclusive,
que os alunos tenham que se deslocar para uma sala de informática.
Com
a inserção de aplicativos nos aparelhos é possível acessar o Twitter e outras
ferramentas on line.
Um
dos desafios dos educadores, segundo as especialistas, é evitar a dispersão,
motivo que levou escolas a proibir o uso do celular em sua área.
“Essa desculpa de que o Twitter dispersa é
preguiçosa. Basta ter uma boa proposta e se focar nela”, avalia Fernanda
Leturiondo.
O
projeto Escola Interativa, que a
pedagoga coordena, capacita professores para a utilização das diversas
ferramentas de comunicação na sala de aula. Redes sociais, como Orkut e Facebook, aplicativos de celulares, mensagem de texto (SMS) e usos
de câmeras de telefones móveis para fotografar e filmar são meios utilizados.
O
professor de literatura, por exemplo, pode propor no Twitter, um meme, sugere a
pedagoga. O meme consiste em postar o início de uma história para que cada
aluno a continue. “É importante que o
professor direcione o trabalho, exija coerência e coesão”, enumera. Outra
sugestão da pedagoga é conduzir a turma a produzir vídeos e postá-los no
Twitter.
Texto: Karina Costa
Fonte: Fonte: Jornal A Tarde, 25 de outubro de 2010.Primeiro Caderno, p.A6.Salavdor/BA